Adília Lopes
(Lisboa, 1960)
Lisboa, 13 de Outubro de 2004

Caro Professor Eduardo Lourenço,

Venho dar-lhe os parabéns, muito atrasados, pelo seu aniversário e uma pequena lembrança, o meu último livro 1.
Pensava poder encontra-lo pessoalmente em Carnaxide durante a Festa da Poesia de Oeiras, mas o Professor não estava lá.
Pedi ao Poeta Gastão Cruz o seu endereço, que mo facultou, depois de eu ter tentado, em vão, sabê-lo por outras pessoas.
Muitos parabéns! E obrigado pelos seus textos tão inteligentes. É pateta da minha parte dizer isto, mas acho que o adjectivo para os seus textos é inteligentes.
Quando era muito nova, li O Labirinto da Saudade. Desde aí, tenho passado horas muito boas na companhia da sua prosa. Obrigada!
Um grande abraço da
Adília (Lopes)

1 Provavelmente, Poemas Novos. Lisboa: &etc, 2004.
Adília Lopes é o pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira. Frequentou a licenciatura em Física, na Universidade de Lisboa, que viria a abandonar. Começa a publicar a sua poesia no Anuário de Poetas não Publicados da Assírio & Alvim, em 1984. Publica o seu primeiro livro de poesia, Um Jogo Bastante Perigoso, em edição de autor em 1985. Em 2000 publica Obra, a reunião da sua poesia e, em 2009, Dobra, que amplia a edição anterior com o que foi publicado entretanto. Tem colaborado em diversos jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro, com poemas, artigos e poemas traduzidos. Publicou nas editoras &etc e Averno, bem como na Assírio & Alvim, onde os mais recentes livros foram Manhã (2015) e Bandolim (2016).