Antiga professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria Alzira Seixo formou-se nessa mesma faculdade, onde teve como professores Jacinto do Prado Coelho e David Mourão-Ferreira. Em Paris, frequentou a École Pratique des Hautes Études, onde estudou com Roland Barthes e com o linguista franco-lituano Greimas, frequentando as aulas de Todorov, Lacan e Julia Kristeva.
Em 1966, tornou-se docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, concluindo o doutoramento em Literatura Francesa em 1978. O júri das provas de doutoramento foi constituído por Jacinto do Prado Coelho (Universidade de Lisboa), Maria de Lourdes Belchior (Universidade Nova de Lisboa), Andrée Crabbé Rocha (Universidade de Coimbra), Fernando Alves Cristóvão (Universidade de Lisboa) e Eduardo Lourenço (Universidade de Nice). A dissertação (Le Parcours du Plaisir: Essai d'analyse d'un texte français du XVIIème siècle: Francion, de Charles Sorel) foi publicada em Paris, pela Fundação Calouste Gulbenkian/ Centro Cultural Português, em 1985.
Maria Alzira Seixo foi directora da Faculdade de Letras, criou as revistas Ariane e Dedalus e dirigiu a colecção Textos Literários (Editorial Comunicação), de introdução à leitura de escritores portugueses. Foi professora convidada nas Universidades de Poitiers, da Califórnia (Santa Barbara), de Chicago, de Johns Hopkins em Baltimore, e leccionou nos Centros Universitários de Faro e do Funchal, e prestou colaboração nas Universidades de Évora e do Minho. Tem sido membro do júri de prémios literários, entre os quais os da APE, PEN, Dom Dinis, Universidade de Évora, Camões e Fernando Namora. Foi ainda a coordenadora da edição ne varietur da obra de António Lobo Antunes (2002 a 2008). É membro do Conselho das Ordens Nacionais e sócia correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa.