Maria José Teixeira de Vasconcelos
98-II-25
Exmo. Senhor
Professor Doutor Eduardo Lourenço
Não posso deixar de lhe dizer que fui ao Porto exclusivamente para o ouvir falar na Casa de Serralves e ter a honra e a alegria de o conhecer pessoalmente.
Senti-me mais rica espiritualmente depois de o ouvir. Fiquei extasiada. A sua extraordinária clarividência – cada frase era uma pedrada no charco – a evidência da sua verdade, a sua espantosa simplicidade – o seu saber, a sua intuição, a sua sensibilidade e a emoção de lhe poder pedir pessoalmente para aceitar ser sócio honorário da Marânus, obrigaram-me a regressar a Amarante no intervalo, quando o meu filho João me disse ao ouvido: “Depois de ouvir o Professor Doutor Eduardo Lourenço é capaz de ouvir mais alguém?” Ele tinha razão. Era fundamental guardar no coração o milagre do seu verbo.
Agradeço-lhe, de todo o coração, ter aceitado o nosso convite. Bem haja!
Um abraço de muita Amizade, Gratidão e a maior admiração da Maria José Teixeira de Vasconcelos
Exmo. Senhor
Professor Doutor Eduardo Lourenço
Não posso deixar de lhe dizer que fui ao Porto exclusivamente para o ouvir falar na Casa de Serralves e ter a honra e a alegria de o conhecer pessoalmente.
Senti-me mais rica espiritualmente depois de o ouvir. Fiquei extasiada. A sua extraordinária clarividência – cada frase era uma pedrada no charco – a evidência da sua verdade, a sua espantosa simplicidade – o seu saber, a sua intuição, a sua sensibilidade e a emoção de lhe poder pedir pessoalmente para aceitar ser sócio honorário da Marânus, obrigaram-me a regressar a Amarante no intervalo, quando o meu filho João me disse ao ouvido: “Depois de ouvir o Professor Doutor Eduardo Lourenço é capaz de ouvir mais alguém?” Ele tinha razão. Era fundamental guardar no coração o milagre do seu verbo.
Agradeço-lhe, de todo o coração, ter aceitado o nosso convite. Bem haja!
Um abraço de muita Amizade, Gratidão e a maior admiração da Maria José Teixeira de Vasconcelos
Para além de responsável pela Marânus: Associação Divulgadora da Vida e Obra de Teixeira de Pascoaes, Maria José Teixeira de Vasconcelos foi a autora de Na Sombra de Pascoaes (Lisboa: Vega, 1993), fotobiografia do autor de O Penitente (Camilo Castelo Branco), São Paulo e Arte de Ser Português.
Sobrinha e secretária de Teixeira de Pascoaes, a autora escreve no frontispício de Na Sombra de Pascoaes: “Sem pretensões literárias, com a natural simplicidade de quem conta uma história ao calor da lareira, aqui ficam as lembranças da minha convivência com Pascoaes”. No propósito de celebrar Pascoaes, Maria José teve como precursora a tia (e irmã predilecta do poeta) Maria da Glória Teixeira de Vasconcelos que, em 1971, publicou Olhando para Trás Vejo Pascoaes (Lisboa: Livraria Portugal), livro posteriormente reeditado pela Assírio & Alvim.
Numa carta à sobrinha, Teixeira de Pascoaes afirma: “Escrevo-te numa pequena mesa nova que será, no meu escritório, a tua mesa onde escreverás dos meus livros o que eu te for ditando. Ficou muito engraçada. É de castanho e de uma madeira vermelha do Brasil”.
Sobrinha e secretária de Teixeira de Pascoaes, a autora escreve no frontispício de Na Sombra de Pascoaes: “Sem pretensões literárias, com a natural simplicidade de quem conta uma história ao calor da lareira, aqui ficam as lembranças da minha convivência com Pascoaes”. No propósito de celebrar Pascoaes, Maria José teve como precursora a tia (e irmã predilecta do poeta) Maria da Glória Teixeira de Vasconcelos que, em 1971, publicou Olhando para Trás Vejo Pascoaes (Lisboa: Livraria Portugal), livro posteriormente reeditado pela Assírio & Alvim.
Numa carta à sobrinha, Teixeira de Pascoaes afirma: “Escrevo-te numa pequena mesa nova que será, no meu escritório, a tua mesa onde escreverás dos meus livros o que eu te for ditando. Ficou muito engraçada. É de castanho e de uma madeira vermelha do Brasil”.
