Teolinda Gersão nasceu em Coimbra e estudou nas Universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim. Foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, assistente na Faculdade de Letras de Lisboa e professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada. Viveu três anos na Alemanha, dois anos em São Paulo, Brasil, e passou por Moçambique, onde decorre o romance A Árvore das Palavras (1997). Publicou romances, duas novelas (Os Teclados e Os Anjos) e duas colectâneas de contos (Histórias de Ver e Andar e A Mulher Que Prendeu a Chuva). Foram-lhe atribuídos vários prémios, entre os quais, por duas vezes, o Prémio de Ficção do PEN Clube (1981 e 1989), o Grande Prémio de Romance e Novela da APE (A Casa da Cabeça de Cavalo, 1995), o Prémio Fernando Namora (Os Teclados, 1999) e o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco (Histórias de Ver e Andar, 2002).
Eduardo Lourenço foi distinguido com o Prémio Pessoa a 16 de Dezembro de 2011. O anúncio foi feito no Palácio de Seteais, em Sintra, por Francisco Pinto Balsemão, que presidiu a um júri constituído por Fernando Faria de Oliveira, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga e Rui Magalhães Baião. Segundo o júri, do qual Eduardo Lourenço foi membro até 1993, este prémio pretendia prestigiar o filósofo e a sua intervenção na sociedade, “ao longo de décadas de dedicação, labor e curiosidade intelectual, que o levaram à constituição de uma obra filosófica, ensaística e literária sem paralelo”.